A palavra, suspensa, balouça
ao sabor dos afagos da brisa
e, num vago murmúrio, precisa
proibidos anseios de moça...
É o fruto em promessa da flor,
suculento, a sonhar-se maduro.
Ai, anelos do tempo futuro
de ousadias de estios de ardor!
E a palavra é mulher e fascina!
E o feitiço entontece e cativa!
E o poema, nas formas a haver,
encandeia-se na tremulina
que, gaiata, se dá e se esquiva,
balouçando entre o ser e o não-ser...
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