Não vou nem fico, pairo sobre as águas
Limosas da lagoa verde-escura…
Com lágrimas, eu lavo as minhas mágoas
Quando me dói de mais a desventura…
Morri quando na barca de Caronte
Partiste para o frio esquecimento.
Agora, qualquer dia que desponte
Não me dará nem luz e nem alento.
Se foi imperecível o sentido
Que deste ao lucilar do setestrelo
Foi porque imperecível te queria…
Caronte te levou. O sem sentido
Ficou imperecível pesadelo
Até que o fim sufoque esta agonia…
Lisboa, 5 de Agosto de 2011
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