Era o tempo dos filhos do mar!
Dia a dia, crescia, em segredo,
a certeza do ignoto ocultar
mais assombros nos longes do medo!
O sussurro das ondas trazia,
noite e dia, um cantar tão suave,
num afago que mais parecia
o roçar hesitante duma ave!
O lusíada olhava a lonjura
e sentia que um múrmuro apelo
lhe doía no peito e sangrava...
Foi então que assumiu a loucura
de partir do areal do Restelo
e ser sonho no além que chamava...
In «Do mar e de nós», Junho de 2009,
Editora Temas Originais, Lda., Coimbra, Portugal
Sem comentários:
Enviar um comentário
Privilegiamos o respeito recíproco. Quem se não pautar por estes valores, não será bem-vindo a este espaço.