I Ciranda CantOrfeu
(Setembro de 2010)
Maria da Graça Almeida
A morte
Ausência eterna
A morte
cala a vida,
cerra a fala,
leva à vala.
É entrada
sem saída.
A vida louva
a lida,
leva sovas,
cava a cova.
É o começo
da partida.
A morte embala
a ausência eterna,
trava-língua
sem berço,
sem braço,
sem tato,
halitose
que nas narinas
entranhada
embaça a visão,
lanha o olfato.
A linguagem da morte
é incompreensível
e para sempre
inconquistável,
intraduzível,
imaterial...
Ponto final!
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