I Ciranda CantOrfeu
(Setembro de 2010)
Nathan de Castro
Eu sei do meu silêncio em cada verso,
AUSÊNCIA
Eu sei do meu silêncio em cada verso,
cantando a tua ausência ponto a ponto,
e quando ele reclama eu desconverso,
versando uma mentira conto a conto.
E ponto a ponto aprendo o meu reverso
no inverso do universo: o desencontro,
e conto a conto o grito submerso
emerge e canta: — Eu quero o sonho pronto!
De louco a louco pinto estes sonetos,
para que um dia o verso aprenda a flauta
no sopro agoniado do argonauta...
De sol a sol, nas ruas dos meus guetos,
rabisco estas canções em branco e preto
para encantar a Estrela que me falta.
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