I Ciranda CantOrfeu
(Setembro de 2010)
Lílian Maial
E CHOREI, COMO HÁ MUITO NÃO CHORAVA...
E a noite veio, como qualquer outra,
mais doce a vinda, que o amargo fim.
E não há fogos nessa noite oca
e nem presente mais presente em mim.
*Os risos falsos a cortar a boca
garantem brilho em olhos de cetim.
Embora a corda não condene à forca,
ver o pavio me acende o estopim.
*
No peito sóbrio, a embriaguez rondava,
pelos soluços vãos que alma armava,
como a engolir lembranças do passado.
*E os meus fantasmas, memórias que escondo,
a proteger-me do mundo de assombro,
postos à mesa, com lugar marcado.
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