I Ciranda CantOrfeu
(Setembro de 2010)
Eliane Couto Triska
Canoas, agosto de 2010
Reverberações
Está dentro de mim... Não quer falar,
Trazida por inquieta vã procura.
O sonho faz poeira ao recostar
No corpo a sós... Inútil criatura!
Está dentro de mim... Que o dia a veja!
Só eu a velo ... E, ao morrer, coitada,
Finge à vida e ao dia que a deseja
E volta à terra assim, inacabada.
Comigo é má, mas sua sorte é pouca.
Que céu enviaria um emisssário
Sem idade... sem cor... sem uma roupa?
Quis o silêncio tanto... Que importou?
Só fez ausência, ali, onde o glossário
Deu voz a esse nome que eu sou.
Canoas, agosto de 2010
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