Alhambra de Granada
Na nostalgia, sangra a dívida da história.
Dos campos do Alentejo aos campos de Granada,
ginetes de luar, correndo à desfilada,
esventram o silêncio exausto da memória.
Que fonte de água pura ensaia a melopeia
em versos de cristal e lendas do Levante?
Ai, onde, Al Andalus, o aedo que te cante,
em noites de ternura e véus de lua-cheia?
As hostes infernais mataram o poeta
e a noite recusou ensanguentar o dia
que havia de nascer e nunca mais nasceu...
A mácula de sangue os campos atapeta.
Não mais, pela manhã, cantou a cotovia.
De luto a Poesia, a lira emudeceu.
16.8.2011.
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