Que manto de silêncio assim te esconde,
perdida sob névoa e banimento?
Já nem o eco à minha voz responde!
Até te silencia a voz do vento!
A boa nova, espanto e maravilha,
aos outros que ficaram, tu levaste.
Eleita, confirmaste, na partilha,
a força da raiz na frágil haste.
O turbilhão dos tempos te tragou.
Das trevas sem registo e sem memória,
a lenda que o sem tempo deslumbrou
no todo o sempre escreve a tua história.
Na tela onde o pintor te quis dilecta,
eu vivo a minha angústia de poeta.
José-Augusto de Carvalho
26 de Dezembro de 2011.
Viana*Évora*Portugal
já te disse tudo - na altura e até agora - sobre este suave escorrer em forma de poema. Parabéns amigo.
ResponderEliminarBeijos e bom domingo