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sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

02.13 - Poetas * José-Augusto de Carvalho * Poema para Maria de Magdala


Que manto de silêncio assim te esconde,
perdida sob névoa e banimento?
Já nem o eco à minha voz responde!
Até te silencia a voz do vento!

A boa nova, espanto e maravilha,
aos outros que ficaram, tu levaste.
Eleita, confirmaste, na partilha,
a força da raiz na frágil haste.

O turbilhão dos tempos te tragou.
Das trevas sem registo e sem memória,
a lenda que o sem tempo deslumbrou
no todo o sempre escreve a tua história.

Na tela onde o pintor te quis dilecta,
eu vivo a minha angústia de poeta.

 
José-Augusto de Carvalho
26 de Dezembro de 2011.
Viana*Évora*Portugal


1 comentário:

  1. já te disse tudo - na altura e até agora - sobre este suave escorrer em forma de poema. Parabéns amigo.
    Beijos e bom domingo

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