Para ninar poeta toque um sino,
Que o som desse silêncio não faz rima,
Se a música dos sonhos não anima,
Melhor trocar as cordas do violino.
Poeta não tem sono e nem destino,
Qual lua, que desdenha lá de cima,
De estrelas aparadas com u'a lima
Nas pontas, pelas mãos desse menino!
Se o meu poeta sofre a noite em claro,
E esquece o meu amor, presente caro,
Que as trevas acompanhem seu porvir!
Mas se a saudade bate à tua porta,
Nos sonhos tua musa te conforta,
Enxuga a teu soneto e vai dormir!...
*
Publicado no grupo CantOrfeu em 24 de Setembro de 2006
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