Qual a noite nas falas do universo,
Degrada-se no dia e se alheia
Do infortúnio mesquinho em reverso,
E aprisiona a poeta em sua teia?
*
Nas fronteiras, as básculas do mundo,
Curioso, a embalar-se em finas cordas,
Há dança de um fetiche vagabundo,
Caído da palavra e suas bordas.
*
Ó Vida que me assombra em seus beirais.
Inscrito livro, alma de uma história,
Contada por poetas que, jamais!...
*
Enfermos, ilegíveis e em desgraças
Ou mais nobreza que os incite à glória,
Deixar-te-ão nas noites onde passas!
Canoas, março de 2009/RS_Brasil