Pátria minha!
O vento, rijo, as ondas encapela.
Aflitos, gemem mastros e velames.
À capa, marinheiros! Aos cordames!
E sobre a barca abate-se a procela.
As vagas galgam já as amuradas
e banham o convés, enraivecidas.
Há preces de temor entretecidas
e angústias de paragens assombradas!
Indómita, à deriva, a barca aguenta
as investidas múltiplas do mar.
Ah, pátria minha, urgente é navegar
até além do medo e da tormenta!
E quando forem horas de render,
oh pátria, que nos saibam merecer!...
José-Augusto de Carvalho
7 de Fevereiro de 2009.
Lisboa * Portugal
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